Copenhagen Underground

Sabe quando você constrói uma imagem de alguém, alguma coisa ou algum lugar, e depois que você conhece a pessoa, a coisa ou o lugar não se lembra mais como era a versão da sua imaginação? Mas você sabe que a coisa real não corresponde à coisa imaginada.

Com Copenhagen foi assim. Não me lembro mais o que esperava, mas o que encontrei foi uma cidade de contraste acentuado. Um cartão postal em preto e branco. Onde prédios e monumentos servem apenas para marcar as ruas. E são as ruas que importam. E sobre as ruas há muito mais bicicletas do que carros, porque o status do carro não importa. O que importa é o movimento das peossoas e o que elas carregam dentro. O que pensam, sentem e como se comportam.




Copenhagen não ostenta o passado, como muitas outras cidades européias. Os dinamarqueses respeitam as tradições e a história, mas olham para a frente. A monarquia está lá, mas a família real vive em estilo áustero. O palácio é cinza e sem grandes jardins, próximo ao porto onde fica o ícone da cidade: A estátua da Pequena Sereia. Descobri que a história original foi escrita por um dinamarquês. Talvez por isso a personagem do Walt Dysney seja ruiva :)





Assim como outras cidades escandinavas, Copenhagen tem um "Q" da arquitetura comunista. Concreto, prédios quadradões e pesados, pouco orgânicos. Algo que restou de um período já esquecido pós-guerras. A resposta cheia de personalidade a isso, é que há grafiti por toda parte.

As estações de trem são escuras e acumulam graxa e poeira escura. Não são agradáveis como as estações da Suíça. E nada me tira da cabeça que há um apelo escondido aí: "Vá de bicicleta, é muito melhor".


A moda reflete o espírito da cidade. Há uma pitada de cor aqui e ali: Um Converse vermelho, uma bolsinha amarelo-fluor, um par de óculos com lente espelhada. Mas no geral, quem transita pela cidade veste preto, branco e cinza. Como já disse, mesmo numa tarde de verão.



Vi punks, coisa que não via há muito tempo. Há cabelos despenteados, há blazers de linho por cima de camisetas, há vestidos com tênis cano-alto e jaqueta jeans largona, há bermudas com bota de couro surrado, há um toque underground em tudo.





Como se os vikings tivessem socializado, se educado, evoluído, mas sempre deixando uma marca sutil de sua origem, para que jamais sejam confundidos.

E não serão. Uma palavra pra descrever Copenhagen: Personalidade.

Veja mais: http://www.copenhagencyclechic.com/

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