Etapa 6 - Fazendo as Malas



128 km
1716m de desnível
Tempo Máximo: 10h

A segunda mais longa etapa do Brasil Ride era a volta para Mucugê. O percurso que tínhamos feito quatro dias antes tinha sido sofrido e tirado muita gente já de cara da competição, Hoje faríamos o caminho oposto. Teríamos muita subida, principalmente na segunda parte da prova, na hora mais quente do dia. Àquela altura, a maior preocupação era mesmo o calor.







A altimetria do dia não deixava dúvidas: vai descer tudo de um lado, subir tudo de novo do outro, e no meio, tem 128km. Subimos nos despedindo de Rio de Contas (deixou saudades) por 4km, e logo a descida começou. Eu disse a mim mesma: aproveite que essa é a única do dia!




Passamos por diversos vilarejos perdidos no fundo do sertão baiano. Cada um deles cuidado com um capricho muito particular daquela região. As casinhas todas pintadas com esmero, as ruas limpas e os rostos sorridentes e queimados de sol.






Por volta do km 50, na parte plana do percurso, formamos um pelotão consistente, revezando na dianteira e mantendo a velocidade média alta. A subida começou por volta do km 75. Seriam 40km para o alto. O grupo se manteve junto, mas foi perdendo alguns adéptos à medida que a subida ficou mais íngreme, por volta do km 90.


Agora éramos 4: Sonja, Jason, Melanie e Eu. Chegamos ao platô e tínhamos 30km planos até o final. Tudo que precisavamos fazer era nos revezar pra cortar o vento, que estava soprando como um louco ali em cima.


Eu era a terceira da fila quando resolvi comer uma barrinha. Tirei do bolso e abri com os dentes. Dei a primeira dentada, segurando-a com a mão direita. Foi nesse momento que entramos num banco de areia e, meu guidão solto segurado por uma só mão, virou de uma vez me ejetando da bike. O Jason vinha na minha roda e não teve pra onde escapar. Caimos os dois. Abri o cotovelo, quebrei o passador de marchas dianteiro e ainda perdi minha barrinha Sponser de macadâmia :)


Com a moral super baixa e o corpo todo dolorido (nessa hora, todos os machucados dos dias anteriores resolveram ser lembrados também), precisei mais que nunca do nosso "petit committée" para me levar até a linha de chegada.


E assim foi. A bandeirada foi para um time de quatro.


Comentários

  1. Andrea,
    Linda as fotos e um conteúdo sempre muito rico... dá pra "sentir" todo o astral e a ralação desta prova!!! E cair, as vezes, faz parte da bricadeira... Parabéns!!! Bjs

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