Dois países das maravilhas


Depois de 30 horas de viajem (vôos atrasados, conexões perdidas e muita neve), consegui chegar em CASA. O engraçado é que quando saí do Brasil, também saí de CASA. A difícil indagação é: onde é a minha casa? Será que casa só tem uma? O que o lugar precisa pra virar casa de alguém?

Quando voltei ao Brasil pro Natal, mesmo depois de meses, vi o jardim verdinho cuidado pela minha mãe, besteirinhas na geladeira compradas pelo meu pai, a barulheira dos meus irmãos, meus vestidos de verão no armário e logo reconheci: CASA.

Ontem quando cheguei a Lausanne e abri a porta, enxerguei lá no fundo meus vasinhos de flor, meu edredon colorido todo embolado e os meus livros na estante: CASA.

Acho que CASA é um lugar onde você se reconhece. Um lugar que não é nem grande nem pequeno, onde cabem seus sentimentos e seus planos. Você abre a porta e acha o que estava procurando.

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