Galinha que Acompanha Pato

Entra pra ordem Ninja.

Em primeiro lugar, Andrea, sua bicicleta agora é uma hardtail. Não tem suspensão traseira pra ficar consertando as cag#%as. Tem que escolher a linha certa na descida. Foi você que quiz assim, lembra? Andar de 29, bike leve e tal? Agora aguenta.



Em segundo lugar, bicicleta não é pra descer escada. Ainda mais se for com pedras no meio. Ainda mais se for de madeira, coberta de lodo, dentro da floresta úmida.



E não seja ridícula de tentar acompanhar gente que compete Enduro, com bike de Enduro, 160mm de suspensão dianteira e 55mm na traseira. E você de hardtail. Vai esfolar o fossinho.



Rá. Paraíba é assim. Se dá ótimos conselhos, mas nunca os segue.



A discussão entre eu e eu mesma resultou no seguinte:

Entrei no lance de degraus feitos de "woodlocks" e me arrependi no meio, mas aí já não tinha mais como parar. Era muito mais longo, íngreme e escorregadio do que eu tinha calculado. E numa deslizada no tronco molhado a roda dianteira saiu da linha reta, kikou numa pedra, parou, me ejetou por cima do guidão e só deu barranco. Congele a imagem.




100m adiante a trilha chicoteava em "switch back" pra esquerda e descia paralela, uns 15m abaixo de onde fui ejetada. Descongele a imagem.

A bike agarrou em alguma moita, mas a menina kikou mais umas duas vezes e CAIU EM PÉ NO MEIO DA TRILHA logo em baixo. Sem bicicleta. Ninja. O Andi que vinha deitando o cabelo teve que juntar nos freios pra não me atropelar. Meio segundo de silêncio para avaliar a situação e desmanchamos os dois na gargalhada. A Melanie, que vinha um pouco mais atrás, e viu uma bicicleta de cabeça pra baixo pendurada na moita, fez o sinal da cruz e jurou fidelidade à sua full suspension.

 


E assim continuamos o pedal, sem um único cotovelo ralado.

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