Equipe Campeã

Em rítimo olímpico, fizemos uma viagem com o departamento a Paris (eu sei, Paris não é Londres, mas calma). Fomos assistir os bastidores e a prova em si, do último teste de atletismo internacional antes da Olimpíada.
Uma vez por ano, nosso departamento faz uma viagem com fins "motivacionais". Parece chato mas é muito legal, porque (quase) todo mundo se dá bem e tem interesses muito parecidos fora do escritório também.


Pegamos o trem-bala em Genebra e descemos em Paris 3h depois. Causamos adoidado na primeira classe do trem, jogando mau-mau, gritando, bloqueando o corredor, derrubando o carrinho do serviço de bordo e divertindo o nosso diretor holandês (sempre muito sério no escritório) mas que naquele dia parecia mais um professor levando a classe para uma viagem de verão.






Da Garre de Lyon, fomos direto para o Stade de France - o fatídico estádio onde a França derrotou o dream-team brasileiro na Copa de 98. Ali dentro, neguinho fala disso até hoje e eu vou te contar como.



Fizemos um tour dos bastidores do estádio: sala de imprensa, estádio adjacente para treinamento, unidades de transmissão ao vivo de TV, salas vips e vestiários. Normalmente, o time da casa fica com os vestiários da ala direita, e cede os da esquerda pro time visitante. Mas como na final da Copa de 98 o time da França ficou com os da esquerda, sempre que jogam lá, os "Les Bleus" vão pro mesmo vestiário, já que a esquerda deu sorte na Copa... E depois o Brasil é que supersticioso...







As provas de atletismo foram sensacionais. Com vários eventos simultâneos, você não sabia pra onde olhar: era 100m, 200m, salto com vara, 400m com barreiras, salto em altura e por aí vai. Ulsein Bolt não estava lá, mas Tyson Gay, o americano voador que acaba de voltar de uma suspensão de 4 anos estava e detonou o sprint.





Depois do evento a fome era negra e seguimos para um restaurante, depois pro bar, e aí você já viu...


No dia seguinte, brunch preguiçoso na cidade, alguns colegas pegaram o trem de volta pra Suíça, e a turma do buchicho resolveu ficar mais um dia. Olhamos vitrines, sentamos na calçada de típicos cafés parisienses, visitamos o Pompidou (museu de arte contemporânea) e arrematei umas fotos parisienses do início do século pra ornamentar o cafofo.


A viagem no TGV de volta a Vevey foi sossegada, e boa pra terminar aquele livro.


Divertido pensar que quando você gosta do que faz, acaba encontrando colegas com o mesmo espírito, que acabam se tornando amigos. Acho que parte disso vem do fato de sermos todos apaixonados pela bike. Mas é também resultado do caminho de vida que escolhemos. Numa equipe de 20 pessoas, temos 17 nacionalidades. Todos saímos de nossos países em busca de um sonho, deixamos o conforto da família e das raízes para trás, e aprendemos a ser flexíveis e adaptáveis. Nos tornamos independentes e tolerantes com as diferenças. E sem que a gente percebesse, o simples fato de sermos um aquário de peixinhos coloridos ao invés de um tamque de peixes dourados, faz nossa equipe naturalmente... Especial!

Comentários

  1. Oi Andrea, fiquei umas semanas sem acessar o blog, mas agora já estou em dia (hahaha)... E você, pra variar, continua escrevendo dessa forma simples e rica. Parabéns!!! Bjs

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