Innsssssssssssssssssbruck!

Li no blog da Liana outro dia e achei ótimo: "A gente não cresce. Só aprende a se comportar em público"


Pois embalada pela visita dos meus irmãos mais novos e pelos Youth Olympic Games, eu e toda a garotada que veio junto, voltamos a ter 13 anos sem medo do julgamento alheio.


Pra começo de conversa, alugamos uma van. Aí já começou a folia. Éramos 6, mais snowboards, skis e muita roupa de inverno pra passar o fim de semana em Innsbruck, Austria, onde rolou a primeira edição das Olimpíadas de Inverno Junior.


Saímos na sexta à noite e nevava. Assim que cruzamos a fronteira da Suíça com a Austria, as rádios austriacas começaram a bombar no som da viatura. Era só hit da Billboard e a gente sabia cantar tudo. Pasme, mas até Michel Teló tocou. Começamos timidamente batendo o pezinho no chão do carro. Logo, neguinho tava pulando no banco e batucando no teto. E de repente, no meio daquela neve toda, o Dude (motorista naquele momento) pára o carro num recuo do acostamento, abre a porta lateral e a gente começa a dançar na neve. Som no talo. Guerra de bola de neve. Neve na van inteira. Carros passando na estrada e diminuindo pra tentar entender o que estava acontecendo.



Quando o frio polar ficou insuportável, entramos na van e seguimos viagem. Chegamos numa Innsbruck branquinha e iluminada e encontramos o quarto sextuplo do hotel quentinho nos esperando. Viagem de família.


Caiu cada um pra um lado, exaustos. Na manhã seguinte subimos a montanha para assistir as competições de ski slalon, e esquiar nós mesmos, num powder tão fininho que mais parecia farinha de trigo.



Aprontamos, capotamos, tumultuamos a fila do lift, nos perdemos na floresta, almoçamos batata frita, cantamos "Close Your Eyes" em coro, perseguimos o mascote dos Jogos, paqueramos o campeão da prova de esqui (um lativio de 17 anos), demos cavalo de pau com a van no estacionamento congelado, fomos numa boate depois do jantar e dançamos até sair vapor através da roupa e a bota começar a dar calo no pé.














Acordamos exaustous no dia seguinte, tomamos um mega café da manhã com delícias austriacas e geléias caseiras, esquiamos mais um tiquinho, vimos a competição de Bobsleigh (Jamaica Abaixo de Zero, lembra?) e abraçamos o príncipe de Mônaco.












Sem mais, adentramos a viatura e voltamos pra Suíça com a impressão de ter rejuvenescido uns 10 anos.

Não precisa ser sempre, mas perder a noção do ridículo vez ou outra pode, não pode?

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