Etapa 5 - Vai um Moleton?


95km
1750m de desnível
Tempo Máximo: 10h

Você não está entendo. Às 5 da manhã já estava quente.



No dia anterior, os Pontos de Água da prova já funcionavam como cachoeiras. Os voluntários derramavam jarras d'agua cabeça-abaixo de cada biker que chegava. Pra regular a temperatura do corpo.




Largamos. Manguito UV pra proteger os braços do sol. Protetor fator 60 no corpo todo. Os primeiros quilometros foram de subida leve, até entrarmos num single-track espetacular, típica paisagem de cerrado. Blush 1 e 2 em estado alpha de concentração, pra não ter que descer da bike e empurrar. Funcionou. Chegamos ao topo. Agora a altimetria que colamos no guidão da bike mostrava uma looooonga descida. Yeah!


O que a gente não reparou foi que a linha que representava a descida não era reta. Ela tinha saliências. E logo nos encontramos com essas saliências... Pra começo de conversa, a "descida" era tão casca grossa que você chegava a ficar com as duas rodas da bike em cima de uma só pedra. Solta. Sentiu o drama? Era como se o chão estivesse mexendo. Nunca vi tanta pedra na vida. Batia em tudo. No pneu, no disco do freio, no quadro da bike, e obviamente, na perna da menina.


Afff... Porque foi que eu saí do balé?





Chegamos ao próximo ponto de água e o que se via era um festival de pneus furados, bikes quebradas e bikers desidratados. O próximo desafio era um empurra-bike de 800m. Mas espere, isso não é tudo! Vamos falar sobre a temperatura: 44 graus.... Você sabe o que é isso? Pois nem eu sabia. A Melanie foi quem melhor descreveu: "Parece que o sol morde a sua pele..."




A etapa continuou com uma super descida técnica e 30km planos, onde Blush 1 e 2 se revezaram na dianteira pra economizar energia e otimizar a velocidade. Até bater na parede...





Como no Brasil Ride tudo termina em subida, a última dessa etapa tinha 9km de asfalto - verde! E deve ser uma das estradas mais bonitas do Brasil. Paramos no último ponto de apoio, tomamos banho de mangueira, comemos melancia e utilizamos a boa e velha técnica do "sugar high" pra vencer a subida: esvazia a garrafinha e enche com metade Coca, metade água. Meus pais nos acompanharam a cada quilômetro, incentivando e fotografando o esforço.






O destaque da etapa ficava a 3km da chegada: um banho de cachoeira. Paro o relato por aqui, já que uma imagem diz mais que mil palavras!

:)

Comentários

  1. Show, Andreia. Suas crônicas de aventuras tem um ótimo sabor, humor dos grandes cronistas das Minas Gerais. Acompanho sempre suas investidas ciclísticas e louvo seu estilo. Tudo de bom!

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  2. Oi Anônimo, quem é você que não assinou? :)
    Nossa, fiquei super vaidosa com o seu comentário... Nunca me vi como cronista, e nem acho que esteja a altura de um "título" desses. Mas fico imensamente feliz em saber que você acompanha minhas Blush-aventuras e que se diverte de tabela com elas!

    Beijo!

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