Penso, Logo Insisto

Esse foi meu primeiro livro de filosofia:

Curti tanto (e me identificaram tanto com a personagem), que na flor dos meus 8 anos, meu pai só me chamava de Glorinha (a pentelha do livro). Ela não dava sossego a ninguém. Perguntava coisas fofas do tipo: "Por que o sol é amarelo?" ou "Por que os bebês não sabem falar?" ou "Como é que as flores crescem?"

Glorinha foi meu primeiro contato com o que depois aprendi se chamar filosofia.

Não sei se você já nasce curioso, ou se torna. Só sei que nunca me acostumei com as coisas ao meu redor. Acho muito estranha a perfeição do corpo humano, a altura das montanhas, as pessoas e os relacionamentos entre elas, a necessidade que algumas pessoas têm de fazer arte, as diferenças entre as culturas, as arquiteturas e os comportamentos mundo afora e até com esse lance aí da força da lua e dos planetas.

Sei que de vez em quando as pessoas acham que eu tô ficando doida, mas eu não me incomodo. Acho divertido.

Tenho uma vontade enorme de entender como tudo funciona (menos EXEL e ISO de máquina fotográfica). Fico numa sapituca danada quando aprendo alguma coisa nova, e mais ainda quando consigo mudar de idéia sobre alguma coisa que eu acreditava veêmentemente (essa palavra existe?).

Porém, sei que o que sei é muito pouco se comparado com tudo que há para saber. E aí fico ansiosa, achando que não vai dar tempo...

Durante a faculdade, estudei filosofia (mas não o bastante) e li muitas coisas que me iluminaram (ainda que a lâmpada seja de 40W). E outro dia me encontrei com o Mundo de Sofia novamente.

E estou lendo meu segundo livro de filosofia.

E amando muito.
Vou te contar aos poucos, se você não se incomodar, o que estou pensando.
E aí a gente pode discutir juntos o que veio primeiro: O ovo, a galinha, ou a idéia galinha...
:)