Uma certa entrevista

No mesmo email de “Congratulations”, vinha um pedido para marcação de entrevista telefônica, com o diretor da escola e seu assistente. Confirmei para dois dias depois, as 7 da manhã, horário de Brasília. Os caras estão 5 horas na nossa frente, então cabia a mim estar tão acordada quanto eles para entrar no “mood”da conversa.
Quando o telefone tocou, senti meu corpo inteiro gelar de uma só vez. De repente minha mente ficou vazia, extinta de qualquer dos assuntos que eu tinha ensaiado mentalmente. Quando eu disse “Hello”, a voz do outro lado da linha parecia amigável, com um sotaque canadense, talvez. Era o assistente do diretor, que logo nos colocou em viva voz e apresentou o Dr. Stricker.
Conversamos por exatamente 42 minutos, com momentos de descontração e outros meio tensos, quando se tratava de grana. Os caras queriam ter certeza de que eu não era nem tão pobre para que pudesse me manter na Suíça durante o período do curso, e nem tão rica que não precisasse da bolsa. E provar isso em inglês, no viva-voz, sabendo que o seu futuro está em jogo, não pode ser fácil.
Terminei a conversa sem saber o que pensar. Não conseguia dizer se tinha sido bom ou ruim. Sabia que tinha cumprido minha parte e sido tão sincera quanto se pode ser, sobre os meus planos. Sabia que tinha sido tão Blush quanto se pode ser sobre a minha visão do esporte
Agora, só tinha uma coisa a fazer: relaxar e esperar.

Comentários

  1. Essa sua historia é muito legal.
    Adicionei seu blog.
    Já te conhecia da VO2.
    to na aera.

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