Ski II – Quando eu era criança pequena lá em Barbacena

Desta vez fomos para Verbier, um dos resorts mais badalados da Europa. Isso era claramente percebido no modelo dos carros que desfilavam nas ruelas cobertas de neve e nas filas entupidas de pessoas usando o último modelo de casaco lançado pela Prada. Eu usava o mesmo modelito da empreitada anterior, exceto pelos adornos de pescoço e cabeça (que na verdade são itens de sobrevivência na neve).
Mas vamos ao que interessa: o ponto alto de Verbier (literalmente) é o Mont Fort, com 3.300m de altitude. Sente aí a temperatura: -16 graus, mais a sensação térmica do vento... Beleza, vamo aí que ficar parado é muito caro. A vista lá do alto é simplesmente de abestalhar. Você enxerga 360 graus de Alpes, incluindo o Mont Blanc, o Materhorn e mais uns picos que eu não decorei o nome.
Começamos a descer e o bicho já pegou de cara: a pista era íngreme e com bumps (aquelas montanhinhas de neve que os caras fazem só pra te sacanear). Mas é o tal negócio: ou você desce, ou congela. Preferi descer.
Me diverti como nunca fazendo aquilo. Não tinha idéia de que os bumps eram meus amigos e que eu sabia passar por eles como se tivesse começado a fazer aquilo quando era criança. Foi uma sensação muito legal, mas que não rola de dividir com o resto da galera, porque eles vão achar que você está tirando onda. Aqui eu posso contar que você não vai ficar me julgando. Vai entender que eu sou apenas uma brazuca se apaixonando loucamente pela neve!
PS1: Almoçamos fondue, ao ar livre, a cerca de 3.000m de altitude.
PS2: Odeio botas de esqui. Vou mudar para snowboard.